*Vereador Ezequiel afirma: “o dia que a gente abrir a boca meu, eu vou ter que sumir do mapa, porque senão amanhã não estou aqui, mas cai a casa de todo mundo*

A recente declaração do vereador Ezequiel Vargas Rodrigues (PL) levantou uma série de dúvidas inquietantes sobre os bastidores da Câmara Municipal de Canoas. Na gravação, o parlamentar afirma:

“O dia que a gente abrir a boca, meu, eu vou ter que sumir do mapa, porque senão amanhã eu não tô aqui, mas cai a casa de todo mundo.”

A frase, carregada de tensão e segredos, joga luz sobre uma pergunta central: o que sabe Ezequiel sobre seus colegas vereadores? Que informações são essas que, se reveladas, teriam o poder de “derrubar todo mundo”?

A fala surgiu justamente no contexto em que o vereador é alvo de um processo de cassação, e acende um alerta preocupante:Será que essas informações estão sendo usadas como moeda de troca?Será que há vereadores reféns de segredos que o denunciado estaria ameaçando revelar?A mudança de votos dos seus parlamentares poderia estar sendo condicionada a essas “revelações”?

Se Ezequiel tem conhecimento de irregularidades, por que não denunciou formalmente às autoridades competentes?Estaria o vereador prevaricando, ao manter em segredo possíveis crimes para se proteger politicamente?Estariam outros vereadores sendo coagidos, intimidados ou silenciados?

Se há verdade no que foi dito, os parlamentares da Câmara Municipal têm o dever ético, moral e institucional de agir imediatamente. Não é mais uma escolha política: trata-se de uma obrigação frente à população e às instituições democráticas.

Ou a Câmara exige explicações formais e públicas do vereador Ezequiel Vargas Rodrigues e apura a gravidade da declaração em instância ética, ou assume perante Canoas a postura de cumplicidade e omissão.

Manter silêncio após uma fala como essa é compactuar com o jogo sujo da chantagem e trair a confiança dos cidadãos.